Você é daquelas [sou dessas] mães que estimulam seus filhos a serem independentes? Dentro dos limites normais da idade, claro!
Sempre fui uma criança independente, metida a fazer coisas além da minha idade, Adorava participar de conversas de adultos e dar opinião sobre tudo. Sempre fui a rainha dos “porquês” na minha casa.
Meu pai dizia que eu seria jornalista ou advogada. Optei pela segunda opção. Odeio injustiça e defendo as pessoas até quando elas não fazem a menor questão de serem defendidas. Hahaha
Enfim, sempre estimulei a Isabela, minha primeira filha, a ser independente. O que eu não esperava é que ela já tivesse essa tendência. A escola contribuiu muito com esse processo também. E depois que o irmãozinho nasceu, a situação complicou porque ela não me espera para resolver nada. Vai fazendo tudo sozinha. Resultado: está se achando a dona do seu nariz! (E ela é. Mas não precisa saber disso tããão cedo!) rs
Isabela - 2 anos e 8 meses
- Quando acorda, vai ao banheiro, abre a gaveta, pega o creme dental dela e escova os dentes sozinha. (Sob supervisão, lógico!)
- Almoça e janta sem ajuda de ninguém e não quer mais sentar na cadeira de amamentação, tem que ser na mesa e com garfo com de adulto. Não se suja e nem faz bagunça. (Ela odeia se sujar!)
- Quer pentear cabelo sozinha, tomar banho e calçar meias e sapatos.
- Agora a novidade do momento é tirar a roupa, sentar no vaso sanitário, fazer xixi e se limpar sozinha. Quando eu dou conta, ela já está colocando a roupa de novo, dando descarga e tentando lavar as mãos na pia. (Um perigo!)
Apesar de ser a favor do protagonismo infantil, de não deixar as crianças sem as devidas explicações e de inseri-las no contexto da realidade em que vivem, sempre rola uma preocupação dela ficar sobrecarregada. Como mãe, eu tenho que ter essa sensibilidade, até por que, penso que a independência infantil é um processo que deve ser construído ao longo do tempo.
Hoje, por exemplo, ela me pediu para dar banana amassada para o irmão. Eu sempre aceito a ajuda dela para pegar uma fralda, uma mamadeira, um sapatinho pra ele e tal, mas tive que explicar que ainda é cedo para ela alimentá-lo, que isso é coisa para adulto fazer, que pode ser perigoso, etc. Ela fica contrariada.
Mas sinto que esse senso de independência nasceu com ela, é natural, da sua personalidade. Percebo, por exemplo, que o Isaque é muito mais dengoso, apegado, mesmo sendo tão novinho.
Agora estou colocando o pé no freio e mostrando que ela ainda é um bebê, que precisa da minha ajuda para muitas coisas e que vai chegar a hora certa da sua independência.
Vejam que reflexão interessante que achei aqui.
“ Num ambiente desafiador e que possibilita interações adequadas, desde muito cedo a criança age com crescente independência. Ela aponta para pessoas ou coisas de que gosta e decide o que vai explorar. Ao tomar decisões e fazer escolhas, ganha um sentido de controle e eficácia pessoal, como se dissesse: "Sou alguém que consegue fazer isso". Essa sensação é proporcionada ao permitir que se alimentem sozinhos, por exemplo. "Eles devem realizar várias tarefas por conta própria, mas isso não quer dizer largá-los à própria sorte", afirma Maria Ângela. "Ao contrário, é preciso intervir sempre que necessário e ajudá-los a entender como se faz determinada coisa." À medida que o ambiente os encoraja a ser independentes, eles também têm de se proteger contra experiências que causem vergonha - como não conseguir fazer algo sozinhos na primeira tentativa. Nesse ponto, a formação de fortes laços emocionais com a mãe e o educador é essencial. Apoio e incentivo são muito mais eficazes para eles do que críticas e restrições. “
Afinal, há tempo para todas as coisas, diz a Bíblia. E autonomia é bom, mas no tempo certo, concordam?
Beijos
Camila Vaz
Oi, Camila! Muito bom seu texto e veio bem a calhar. Eu estou assustada com a independência do meu filho de quase 3 anos. Incrível ver o quanto ele se resolver sozinho e só pede ajuda quando já fez várias tentativas e não conseguiu. Já me veio com vários porquês e eu fiquei com cara de tacho. Impressionante o quanto as crianças evoluem mais rapidamente do que uma ou duas gerações atrás. E concordo com vc! É preciso intervir quando a independência for além da idade. Não podemos ser pais opressores mas liberdade demais também não dá!
ResponderExcluirAbraços!!
Oii Camila, eu super incentivo minhas filhas a serem independentes, desde pequenas, já fui até muito criticada uma época que minha filha com 10 anos pegava ônibus sozinha p voltar da escola, mas enfim, hoje ela mora em outro estado tem 18 anos já está fazendo faculdade e eu tenho certeza de que eu contribui e contribuo muito para que ela seja uma pessoa vitoriosa na vida sem medo e sem limitações! Bjooooossss
ResponderExcluirSei bem como é. Minha filha com 4 anos e meio já quase não precisa de mim pra mais nada. kkkkk
ResponderExcluirÉ bom por o pé no freio de vez enquando, pois essas crianças de hoje em dia são muito precoces.. Não quero que minha filha perca a melhor fase da vida, onde ela tem que brincar com brinquedos e brincadeiras da idade dela e curti rmuito..
Ótimo final de semana pra vocês...
beiJUs
http://feiffercereja.blogspot.com.br/
Aqui em casa é bem assim!! Sou a favor dessa independência por experiencia própria mas o ruim é eles se acharem neh??
ResponderExcluirCamila, eu sou dessas também. Acho super importante estimularmos as crianças a se tornarem independentes, e penso exatamente como você em relação a isso: tudo no seu tempo.
ResponderExcluirÓtima reflexão!
beijos
Os filhos são também reflexos dos pais.
ResponderExcluirQuando um pai dá responsabilidade para os filhos desde pequenos, as crianças crescem independentes. Eles aprendem a resolver os pequenos problemas e a ajudar os pais.
òtimo texto
Beijocas
Cris Chabes